segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Banca examinadora - IFBA

Para toda aquela quantidade de candidatos, nos três na área Artes, a analisar competências e habilidades nas provas. Que os mais competentes e hábeis nas artes da escrituração, na prática didática e na formação em títulos passem! Concurso Prof. Efetivo - Artes - IFBA. Reunião em Salvador, no Barbalho.
Banca: Diana - IFBA, Djalma - UFBA e Flávia - UNIVASF

Arte e Educação - Curso de Pedagogia PARFOR/CAPES em Santo Antônio de Jesus

Ensinando e aprendendo Arte e Educação no Curso de Licenciatura em Pedagogia pela Plataforma Freire - PARFOR, via CAPES, na Universidade Estadual da Bahia - UNEB, da cidade de Santo Antônio de Jesus.
Os estudos, produções artísticas e educativas foram muito bons! Obrigada a todos/as!
 Contextualizando e produzindo


 Desenhos cegos e semi-cegos muito bons!
 Todos sabem desenhar!

 Os círculos cromáticos...


domingo, 29 de janeiro de 2012

Transposição poética

Abro os olhos. Vejo o fino som,
ímpar cor perpassando o tempo.
Fecho os olhos, anuncio de novos amanhãs.
Todo tom tem um tempo perfeito de ser,
todo som é aquele espaço entremeado de luz e sombra
que realça a hora, em volúpia.
E eu, eu tenho agora na mão pedaço de porta,
cortando ares em relento.
Cubro de beijos
e revejo todos os olhos rúbios,
doces gestos no fim do dia.
Como daquele ano em que a dor doida não doia,
ela sangrava suavemente em palavras,
palavras fortes, cruas, sedentas de ser.
Elas diziam, alardeando: nasci e estou a crescer!
E de repente,
me vi novamente nua
defronte todos os espelhos refletidos,
os que vi,
os que criei,
os que fazem parte do agora.
Perto disso vejo a rede fina que nos enlaça,
queda vertiginosa
que nos faz querer mais,
cada instante roubado nesse entremeio,
eu aqui, virtuada,
virtualmente ressignificada.
Sei que enfim, tu me olhas, 
com teu olhar de devoro, 
de esgueiro,
repassa as dores do que não foi, 
porque o tempo, tempo é para poucos. 
Tempo certo, 
momento de ser, 
assumidamente. 
Tatuo na mensagem 
todos os minutos escondidos
em segredo, 
no recôncavo dos toques, 
sussurados no que não foi dito, 
silenciado. 
Babulcio a força que move em velocidade plena,
aceito o destino, 
olhos, 
grandes olhos auscultando a platéia 
que vive e não vive, 
que apenas visualiza e é visualizado. 
Eu sou então a pluma, 
voando pelos ares, 
sem pesos ou medidas, 
sou forçadora de entregas mútuas 
e que saia, 
saia logo o que estava preso. 
Vou para casa em um caminho longo. 
No encontro novo, 
de novo, 
vejo árvores, pedras, pessoas, lugares, 
mudando porque também mudei, 
e a lua, que há de ditar para alguns, 
o momento certo de dizer adeus.
Calculo que estou parindo,
um detalhe, 
um rimo,
um entalhe
e risco, 
como quem pinta um quadro sem o desenho pronto, 
sei que flui, 
misturando a paleta com voracidade as cores chegam,
sem que as convide ao certo, 
vejo-as prontas à minha frente no gesto do que é dito. 
Entremeio partes, 
colho detalhes, 
guardando-os para depois, 
quem sabe um dia, 
um dia eu chegue ao ponto 
e do ponto não seja apenas um segundo, 
soltando as asas longe...